Os seres humanos pensam o tempo todo em o que fazer de suas vidas. Eu penso nisso sim, pois quem sou eu? Qual minha função no planeta? Talvez nem tenha determinada função ou nem tenha que dar certo. Afinal, quem é certo? Se o certo é o que a sociedade e mídia propõem eu estou totalmente errada. Não consigo ser igual a outro ser humano, a não ser por ter órgãos, membros e trabalho. Não sendo, assim, influenciável. O que me influencia é a arte de musicar e de
pensar, das quais posso criar e duvidar sobre a vida. Acredito no conhecimento, do qual apenas as mentes abertas podem adquirir. Ah, e o meu nome é Thaís, prazer!
















quarta-feira, abril 06, 2011

Objeto e representação linguística

"Isso não é um cachimbo" - René Magritte.


      O quadro de Magritte, da imagem de um cachimbo, apresenta a legenda: Isso não é um cachimbo. Que argumentos o autor teve para dizer que um cachimbo não é um cachimbo? Ou, que interpretações temos ao ver uma obra e a frase? Cabe a nós uma análise do objeto, da palavra e das suas relações.
      O ser humano, com a escrita, comunica, escreve o que pronuncia e nomeia os objetos para diferenciá-los. Não há relação direta da palavra e do objeto a qual se designa. O autor quis diferenciar a palavra cachimbo da sua representação, como objeto cachimbo. Assim como na Gramática, som é diferente de letra ou letras que ele representa.
      Em contrapartida, a palavra pode dar significado àquilo que está relacionada. Quando chamamos um objeto redondo de bola, estamos comparando-o à forma redonda de uma bola. Outro exemplo é quando dizemos que somos nossos nomes. Somos uma palavra ou a utilizamos como diferenciação? O sentido do nome de uma pessoa também pode ter uma relação cultural e afetiva dos pais que o escolheram.
      Percebemos que a linguagem nomeia e comunica aquilo que através dela possui diferenciação. Estranhamos quando se diz que um objeto não é um objeto. Mas, de fato, o objeto não é a palavra e sim, a matéria em si.

Thaís Nascimento.

René François Ghislain Magritte (1898-1967), artista surrealista. Se interessou por vanguarda, linguagem poética e pela pintura metafísica de Giorgio de Chirico. Utilizou criações ilusionistas.