Os seres humanos pensam o tempo todo em o que fazer de suas vidas. Eu penso nisso sim, pois quem sou eu? Qual minha função no planeta? Talvez nem tenha determinada função ou nem tenha que dar certo. Afinal, quem é certo? Se o certo é o que a sociedade e mídia propõem eu estou totalmente errada. Não consigo ser igual a outro ser humano, a não ser por ter órgãos, membros e trabalho. Não sendo, assim, influenciável. O que me influencia é a arte de musicar e de
pensar, das quais posso criar e duvidar sobre a vida. Acredito no conhecimento, do qual apenas as mentes abertas podem adquirir. Ah, e o meu nome é Thaís, prazer!
















sábado, setembro 18, 2010

Hans abriu a janela.

      Estava claro demais, os olhos doeram de tanta luz. Pela primeira vez abriu a janela sem ver escuridão. Como nos filmes. Antes em preto e branco, a partir daquele dia, Hans viu o mundo com cores.

      O ambiente estava diferente das últimas vezes: as ruas estavam poluídas, casas caindo de reformadas, cachorros solitários, flores secas, pessoas entediadas. Apenas as ruas, casas, cachorros, flores e pessoas (que ali moravam) eram as mesmas.

      Hans observou um mundo que fugia das leis sociais. As crianças andavam com garrafas de bebida. Os adolescentes trabalhavam e tinham filhos. Os adultos fumavam três maços de cigarro ao dia, depressivos pela rotina. Os idosos eram crianças recém nascidas, falavam pouco.

      Aos seus olhos, tudo era conflitos. Bombas eram jogadas, ideias não se batiam. O amor estava ausente. Ocorrera um terremoto! O espaço mudou.

      Hans, 17 anos, não se sentia humano. Não se adequava em nenhuma idade, sentia não viver no tempo. "Agora tudo está claro", pensava. Antes o espaço não mudou. Apenas as pessoas mudavam. Quando o espaço mudou, as pessoas se transformaram de acordo com o espaço - o tempo maior. Ironia. Hans levantou a cabeça e fechou a janela, não toda, a curiosidade o fazia deixar uma frestinha aberta.

Thaís Nascimento.

domingo, setembro 12, 2010

Por que caridade não resolve?

     Por que caridade não resolve no país brasileiro? Já se fez essa pergunta?
    O nosso país possui muitos centros comunitários, abrigos e programas de televisão que ajudam pessoas pobres. Ajudam ou dão as coisas?
    As campanhas políticas (muitas) baseam-se em dar 100 reais por semana para uma pessoa entregar folheto na rua. Entregar nada! Impor, colar adesivos nas costas! E muito dinheiro é gasto nisso. O dinheiro - uma resolução, mas grande problema. 

    Não que caridade não ajude. Ajuda! Em relação a azilos, que podemos fazer com as pessoas que não querem mais os idosos e os acham imprestáveis? Nada, mas podemos acolhê-los e dar carinho.  
    Pessoas nas ruas têm uma história (motivo) para estarem ali. Não cabe agora colocá-los, são diversos. Mas os programas que DÃO prêmios CAROS para pessoas sem condições alguma para sustentar ou não serem roubadas, deveriam ser quitados!
    Como disse antes: um agrado, um carinho ajuda. Mas dar na mão não resolve. Como é que o Gugu dá casas caras para pessoas que moravam em casas de esopor, se elas não sustentariam as enormes contas de luz que dariam ao final de cada mês? Como os políticos dão bolsa família (cesta de comida) para famílias se elas (muitas vezes) não tem emprego para continuar comprando comida ou para pagar o gás para cozinhar seu feijão com arroz. Quem pensa nisso?
    O dinheiro gasto com essas campanhas, já poderia estar em bom uso como mais oportunidades para essas pessoas. Desconsiderando os 100 reais por venda de voto. É complicado. Em um aperto, é complicado. Talvez não nos afete agora, diretamente. Mas é uma soma de coisas que não levam nosso país para frente.
    Essa é a verdadeira desigualdade social. A ingenuidade e pobreza X estupidez e pose.

Thaís Nascimento.